Mais uma fotografia nostálgica do porto de Lisboa na década de 1950. O paquete português MOÇAMBIQUE (1949-1972), da Companhia Nacional de Navegação, prepara-se para atracar ao cais da Estação Marítima de Alcântara, assistido à proa pelo rebocador CABO ESPICHEL, de 1928.
No cais os passageiros aguardam o momento de embarcarem, o guindaste está preparado para içar as escadas, e no canto inferior direito, um funcionário do serviço de atracações da AGPL agarra a bandeira vermelha BRAVO junto ao cabeço onde se irá amarrar o primeiro cabo passado pela proa do navio.
O MOÇAMBIQUE está de partida para mais uma viagem ao Funchal, São Tomé, Luanda, Lobito, Moçamedes, Cape Town, Lourenço Marques, Beira e Moçambique, com passageiros, correio e carga geral.
O MOÇAMBIQUE era um dos quatros paquetes rápidos de 13.000 toneladas e 18 nós de velocidade que asseguravam a carreira da África Oriental, com duas saídas mensais de Lisboa. Os outros navios eram o ANGOLA, o IMPÉRIO e o PÁTRIA, tudo nomes sugestivos para uma linha de navegação imperial.
Reparem que o MOÇAMBIQUE está bem carregado e de cara lavada, está a cumprir o último ritual de uma estadia de cerca de 10 a 15 dias entre viagens: a mudança de cais, da Fundição para Alcântara para embarque dos passageiros e seguir viagem. As viagens repetiram-se assim de 1949 até 1972, quando o MOÇAMBIQUE foi retirado do serviço e vendido para sucata.
Atracado ao cais, na margem esquerda da fotografia pode ver-se um navio de carga da companhia norueguesa Fred. Olsen. Fotografia do acervo da Fundação Gulbenkian.
Texto de /Text copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia
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