Mário Simões Fernandes
Nasceu em Almada a 13 de Julho de 1947. Fez o Curso Complementar dos Liceus, alínea F, nos liceus Passos Manuel e D. João de Castro. Frequentou Engenharia Electrotécnica no Instituto Superior Técnico, que interrompeu para prestar serviço militar. Acabou por optar por uma carreira aeronáutica, que iniciou em 1975, como Controlador de Tráfego Aéreo, tendo desempenhado as funções inerentes, durante 34 anos, primeiro na extinta Direcção Geral da Aeronáutica Civil e, mais tarde, na ANA-EP e na NAV-EPE. Paralelamente tirou a Licença de Piloto Comercial e a qualificação de Piloto Instrutor, actividade que ainda exerce.
O interesse pela História no seu todo e, em particular, pelos assuntos relacionados com os Descobrimentos e a Expansão Portuguesa, levou-o a inscrever-se na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se licenciou, em 1987, e onde obteve, em 1992, o grau de Mestre em História Moderna, com uma dissertação orientada pelo falecido Prof. Dr. Luís de Albuquerque, intitulada O Caminho das Estrelas. Projecção da Nova Astronomia na Cultura Portuguesa do séc. XVII.
Tem realizado alguns trabalhos de investigação na área da História Marítima dos séculos XVI e XVII, com particular incidência nos campos da Construção Naval, Navegação e Astronomia, do qual resultou a publicação dos seguintes artigos. “A Companhia de Jesus e o Observatório Astronómico de Pequim no séc. XVII”, inEncontro de Culturas. Oito séculos de missionação portuguesa, Lisboa, 1994. “A Ciência Náutica em Portugal no séc. XVII. Aspectos da controvérsia em torno da determinação da Longitude” in Mare Liberum nº 10, Lisboa, 1995. “A Carreira da Índia os naufrágios e as técnicas de construção naval nos séculos XVI e XVII” inAlmadan , 2ª série, nº 7, 1998.
O Corso Marítimo é outro assunto ao qual tem dedicado uma boa parte das suas investigações, concentradas, neste caso, na actividade dos corsários que, entre os séculos XVI e XIX, desferiram incontáveis ataques no Mediterrâneo e no Atlântico Norte, a partir de bases situadas nos portos norte-africanos de Argel, Tunis, Tripoli e Salé.
O livro que agora apresenta, Corsários do Islão no Atlântico Norte 1580-1700, é o resultado desse trabalho.
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