Wednesday, October 12, 2011

Espírito Marítimo

Dizia-me há dias esta criatura sábia não entender como é que em Portugal se despreza tão profundamente o Mar.
A razão profunda dessa atitude residirá na ignorância, essa atitude plena de falta de saberes tão simples que dela não têm consciência os seus activistas.
O problema é que uma das matrizes dessa ignorância institucional é a negação da necessidade de se informarem e de aprenderem. Essa insuficiência não lhes limita as decisões e nos campos do Mar é o que se continua  a ver, os campos na mesma embalagem do Mar oficial, agricultural e governamental.
O Mar oficial hoje é governado por pessoas muito simpáticas e empenhadas em alargar o nosso mar para além das próximas gerações. O problema é se com a concretização da tal plataforma atlântica que queremos só nossa se descobrem efectivamente riquezas viáveis. Teremos aí os nossos parceiros europeus ricos e credores a tratar Portugal como no tempo do Mapa Cor de Rosa...
Há que pensar o mar com realismo, seriedade e objectividade e nesse ponto que tal começar por encarar as necessidades mais básicas do momento em termos dos vários mares: a MARINHA MERCANTE, a INDÚSTRIA NAVAL, as PESCAS, a CULTURA MARÍTIMA, a DEFESA... Tudo isto é economia do Mar, sangrada diariamente com o pagamento aos estrangeiro de fretes e serviços de navios estranhos por termos abdicado de ter navios e navegações próprias mesmo para as necessidades mais óbvias como assegurar com meios portugueses as nossas importações de crude ou o abastecimento de combustíveis às Ilhas... Há que inverter o actual zero marítimo e não é isso que se vê da parte dos responsáveis pela política do mar...
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

No comments: