Há pouco mais de sessenta anos, a Doca de Alcântara, então a mais importante do Porto de Lisboa, apresentava este aspecto. Não sei exactamente a data, mas não sendo impossível de descobrir, pode levar algum tempo, podendo avançar com segurança que foi tirada por volta de 1954, pois o antigo GIL EANNES pode ver-se atracado à esquerda em primeiro plano e este navio foi substituído em 1955 por um novo do mesmo nome. Junto ao GIL EANNES vê-se o ALVIELA da Marinha Portuguesa, e sempre na muralha sul da doca, um lugre bacalhoeiro, parte da frota de batelões da Companhia Colonial, um dos fruteiros da Insulana, o GORGULHO ou o seu irmão MADALENA, e no cais da Sociedade Geral, um dos dois cargueiros da classe A construídos para a linha de Angla, o AMBRIZETE ou o ANDULO. Ao fundo, no travessão da doca, o cargueiro DIONE, da Empresa Continental de Navegação, e no cais norte, os navios BENGUELA, QUANZA e parte do paquete ANGOLA ou do seu gémeo MOÇAMBIQUE. Nesta época os navios da Nacional estavam pintados de creme em vez do branco mais corrente, seguindo a moda da Sociedade Geral, o que depois foi revertido por volta de 1960.
A segunda imagem mostra a mesma doca com o seu aspecto em 2016, transformada de alguma forma em porto de recreio depois de a especialização dos navios ter tornado este espaço obsoleto para operações comerciais. O contraste não podia ser maior.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. Favor não piratear. Respeite o meu trabalho / No piracy, please. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia
No comments:
Post a Comment