Imagem da década de 1960, com o cais da Fundição visto a partir de Santa Luzia, com a cidade muito menos colorida que actualmente e um fenómeno entretanto impossível hoje: o cais, concessionado desde o final do século XIX à Companhia Nacional de Navegação, apresenta só navios portugueses, ultramodernos, os dois melhores e mais recentes da CNN, o cargueiro rápido BEIRA, e o paquete PRÍNCIPE PERFEITO, este escondido por detrás da torre da igreja. E, estranho nos dias de hoje, o BEIRA lançado ao Tejo no Alfeite pois havia a preocupação de construir os nossos navios em Portugal.
A doca do Jardim do Tabaco era uma floresta de mastro de embarcações tradicionais do Tejo, e vivia pachorrentamente na ignorância de que tinha os dias contados, pois o século XXI ditaria a reconstrução do local e o aterro da doca.
Dias contados tinha também a Companhia Nacional, a mais aristocrática das empresas armadoras, esforço colectivo de um grupo alargado de comerciantes e homens bons de Lisboa, que, inspirados em larga medida por Abraão Bensaude, constituíram em 1880 a então Empresa Nacional, que em 1918 se passou a designar por Companhia Nacional de Navegação. Foi uma das vítimas desse desígnio nefasto de Desmaritimizar tudo e todos que tem desertificado o Mar Português desde 1975, e no caso da Nacional, foi liquidada em 1985 por iniciativa governamental.
Fotografia de autor desconhecido.
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