Tuesday, May 20, 2008

Rebocador PONTA DO GARAJAU



Esta tarde, enquanto pairava em "patrulha fotográfica" junto à foz do Tejo, vi aparecer vindo do Sul um velho Amigo, o rebocador PONTA DO GARAJAU, que agora navega em águas do Continente, de casco verde, depois de durante mais de 40 anos ter servido os portos da Madeira. Construído em 1963 na Figueira da Foz, o PONTA DO GARAJAU e o seu irmão CABO GIRÃO eram considerados do mais moderno para a época e tiveram um papel importante nas manobras de atracação de navios no molhe da Pontinha a partir de 1963, permitindo que os grandes paquetes que então faziam escala na Madeira passassem a atracar com toda a segurança.
Parece que estou a ver e ouvir, um Domingo em 1972, o SANTA MARIA a atracar na Pontinha ao amanhecer, com o auxílio destes rebocadores: o barulho das máquinas entrava inconfundível pelo nosso jardim dentro...
Alguns anos depois, a partir de 1977, comecei a ir ao Funchal propositadamente para fotografar os navios de passageiros, e umas das primeiras fotografias em "slide" foram uma chegada do CANBERRA do Brasil, em cruzeiro de ano novo, em Janeiro de 1978, com uma grande árvore de natal no mastro e os dois rebocadores ao costado em manobra. Quem iria imaginar que passados tantos anos os mesmos rebocadores seriam vendidos para o Continente...
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

2 comments:

Anonymous said...

Um pequeno grande navio... Tal como o seu irmão Cabo Girão. Dois "amigos" de infância!
Nos Açores também havia outro "gémeo", o Corpo Santo.
É verdade, o barulho das máquinas era inconfundível!

LUIS MIGUEL CORREIA said...

Olá "MAR DA PALHA".
Estes Amigos nunca se esquecem...
Com casco verde ficam menos bonitos, mas enfim, cá vão andando e isso é o principal.
O CORPO SANTO pertencia ao porto de Ponta Delgada e foi construído depois dos da Madeira, em 1964, pelo mesmo estaleiro na Figueira da Foz.
Foi substituído há uns anos e teve a mesma sorte do Madeirense, foi afundado ao largo de São Miguel... O último serviço que efectuou foi um fretamento no porto do Funchal em substituição de um dos seus irmãos então em reparação em Lisboa, creio.