Arrastão bacalhoeiro INÁCIO CUNHA de 1970 fotografado em Lisboa na década de 1980.
O INÁCIO CUNHA foi contruído nos Estaleiros de São Jacinto (construção nº 83) e entregue em Março de 1970 ao armador Testa & Cunhas, de Aveiro.
Junta-se ficha histórica e técnica do navio:
INÁCIO CUNHA (1970 – 1997)
Navio motor de pesca por arrasto pela popa construído de aço em 1970. Nº IMO: 7004744. Nº oficial: A-2053-N; Indicativo de chamada: CUFK. Arqueação bruta: 1.547 toneladas; Arqueação líquida: 1.071 toneladas; Porte bruto: 3.270 toneladas. Comprimento ff: 80,32 m; Comprimento pp: 70,01 m; Boca: 12,50 m; Pontal: 8,09 m. Máquina: 2 motores diesel MWM de 6 cilindros, com 2 x 1.500 BHP / 2.206 kW a 455 rpm, construídos em Mannheim, Alemanha em 1968, 1 hélice, Velocidade: 15 nós. Custo: 60.000.000$00
O INÁCIO CUNHA foi construído em São Jacinto, Aveiro por Estaleiros São Jacinto S.A.R.L., (construção 83), para o armador Testa & Cunhas, Lda., Aveiro, Portugal. O navio foi encomendado a 5-04-1968 e a quilha assente a 6-11-1968 na carreira nº 4. O lançamento à água decorreu a 22-11-1969 e a entrega ao armador a 19-03-1970. O INÁCIO CUNHA foi visitado pelo Ministro da Marinha, Almirante Pereira Crespo e demais entidades oficiais a 9-04-1970 atracado ao cais da Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa. Vendido ao Grupo Silva Vieira a 11-12-1997 passando a chamar-se JOANA PRINCESA, mantendo o registo em Aveiro.
Obrigado à Srª. Drª Ana Maria Lopes pelas informações adicionais.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia
O INÁCIO CUNHA foi contruído nos Estaleiros de São Jacinto (construção nº 83) e entregue em Março de 1970 ao armador Testa & Cunhas, de Aveiro.
Junta-se ficha histórica e técnica do navio:
INÁCIO CUNHA (1970 – 1997)
Navio motor de pesca por arrasto pela popa construído de aço em 1970. Nº IMO: 7004744. Nº oficial: A-2053-N; Indicativo de chamada: CUFK. Arqueação bruta: 1.547 toneladas; Arqueação líquida: 1.071 toneladas; Porte bruto: 3.270 toneladas. Comprimento ff: 80,32 m; Comprimento pp: 70,01 m; Boca: 12,50 m; Pontal: 8,09 m. Máquina: 2 motores diesel MWM de 6 cilindros, com 2 x 1.500 BHP / 2.206 kW a 455 rpm, construídos em Mannheim, Alemanha em 1968, 1 hélice, Velocidade: 15 nós. Custo: 60.000.000$00
O INÁCIO CUNHA foi construído em São Jacinto, Aveiro por Estaleiros São Jacinto S.A.R.L., (construção 83), para o armador Testa & Cunhas, Lda., Aveiro, Portugal. O navio foi encomendado a 5-04-1968 e a quilha assente a 6-11-1968 na carreira nº 4. O lançamento à água decorreu a 22-11-1969 e a entrega ao armador a 19-03-1970. O INÁCIO CUNHA foi visitado pelo Ministro da Marinha, Almirante Pereira Crespo e demais entidades oficiais a 9-04-1970 atracado ao cais da Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa. Vendido ao Grupo Silva Vieira a 11-12-1997 passando a chamar-se JOANA PRINCESA, mantendo o registo em Aveiro.
Obrigado à Srª. Drª Ana Maria Lopes pelas informações adicionais.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia
14 comments:
Sei que foi vendido ao Silva Vieira, actualmente ainda é um dos navios de longo curso da sua frota, com o nome de "Joana Princesa".
Saudações marinheiras
Luis Filipe Morazzo
Não tenho muito tempo, mas não resisto a comentar-lhe o post Inácio Cunha. Claro, também me surpreendeu.
Quando diz que foi entregue ao armador em Abril de 1970, lembro que o bota-abaixo foi num dia péssimo, chuvoso , ventoso, do mês de Novembro de 1969. Claro que não havia bota-abaixo a que eu faltasse e sei que tenho, aí, "algures", uma pequena filmagem em Super 8. Também tenho aqui perto de mim o álbum fotogáfico do bota-abaixo, a p/b.
Lembro-me que uns meses mais tarde, fui a Lisboa a uma recepção que houve a bordo do navio, aquando de uma visita do Ministro da Marinha e sua comitiva. Até dormi a bordo.
Cá na Gafanha, em fins dos anos 80,saí a barra, a bordo, durante um dia, para uma chamada experiência de redes". Há cerca de 9 anos,porque já tinha uns aninhos, foi vendido à Empresa Silva Vieira.
Foi seu primeiro Capitão José Ângelo Ramalheira e também o capitaneou durante vários anos o Comandante António Manuel São Marcos, que, actualmente, orienta a remodelação do Santa Maria Manuela.Talvez o conheça. Outros dados poderia obter, mas talvez lhe dedique um post, não sei quando. Presumo que nada do que lhe disse seja novidade, pois sabe sempre tudo.De rajada, foi aquilo de que me lembrei.
Não tenho a certeza se este comentário já não será repetido...
Obrigado pelos comentários e informações sobre o INÁCIO CUNHA.
Não sabia qual tinha sido o destino do navio, estou sempre a aprender, mas como quem aprende por gosto não cansa, faço por continuar.
Os meus conhecimentos no que toca à Marinha de Pesca são mais limitados do que em relação à Marinha de Comércio. Mas lá que gosto dos navios, isso sim...
Caro LMC:
Este "Inácio Cunha" de 1970 ainda navega com o nome de "Joana Princesa", com o costado pintado de vermelho, vendido por Testa& Cunhas ao Grupo Silva Vieira no principio da decada de noventa do seculo passado.
A presente fotografia é dos últimos anos que era da Testa & Cunhas, depois de uma reparação de monta a que foi submetido. Principalmente nota-se o aumento das chaminés, para alem de outros melhoramentos não visiveis. Era comandante do navio na época da fotografia o capitão António São Marcos, o mesmo que hoje está a comandar o "Santa Maria Manuela".
JD
Obrigado, JD.
Curiosamente o JOANA PRINCESA não aparece no registo de navios do Lloyd's. Deve andar nalgum registo pirata...
Penso que sim e agora está pintado de vermelho.
Bom dia:
Já acrescentou bastantes mais dados.
Pelos vistos, o apelo no Blog resultou. Vou tentar saber a data de venda e o que mais pretende, mas só em dias úteis, a partir de segunda-feira.
Ventos favoráveis!
Tirando a dica sobre o nome actual do INÁCIO CUNHA, as características e datas associadas ao navio tinha-as cá em casa. A tralha é tanta que às vezes esqueço-me de procurar...
Boa noite.
Como gosto de os ler a todos... .
Atentamente,
www.caxinas-a-freguesia.blogs.sapo.pt
Olá:
Cá vai o que lhe prometi saber, com exactidão. O Inácio Cunha foi vendido ao Grupo Silva Vieira em 11 de Dezembro de 1997. Segundo crê o Administrador da Empresa, o Joana Princesa estará registado na Capitania do Porto de Aveiro e, muito possivelmente, com o mesmo número do Inácio Cunha.
Bons ventos por Lisboa.
Uma pequena contribuição da minha parte:
O Inácio Cunha foi registado no Porto de Aveiro a 25 de Março de 1970, em nome de Testa & Cunhas, Lda, com o número A-2053-N. Na altura tinha 2.026,50 toneladas de arqueação bruta e 1070,63 de arqueação líquida.
A 19 de Maio de 1980 foram averbadas a arqueação bruta de 1661,50 e 794,27 líquida.
Em 23 Abril de 1986 a tonelagem bruta passou a 1516,50 e a 794,27 a líquida.
Em 10 de Outubro de 1994 foi feito novo averbamento, desta vez de acordo com a Convenção Internacional sobre Arqueações de Navios de 1969, e as arqueações registadas foram 1920 bruta e 576 líquida (aparentemente acabaram as decimais). Estas alterações das arqueações mostram que houve mudança dos espaços internos. Inicialmente os porões eram para salgados e mais tarde a congelação foi introduzida.
Em 18 Dez. de 1997 foi registado, como propriedade de Pescave, Companhia Aveirense de Pesca do Arrasto e com o nome de JOANA PRINCESA. Em 30 de Junho de 2005, foi registado como propriedade da Sociedade de Pesca Silva Vieira, Lda.
Em 3 de Março de 2009 foi registado como propriedade da Empresa de Pesca João Maria Vilarinho SA.
Exteriormente desde que foi vendido pela Testa & Cunha, o casco foi pintado de vermelho vivo e a chaminé ostentou sempre as cores da João Vilarinho.
A reparação que efectuou no estaleiro da Rocha no início dos anos 90, além de lhe prolongar as chaminés, foi instalado um Net-Drum, uma espécie de bobine para regular a manobra das redes e dos cabos para o arrasto, segundo percebi. Este dispositivo está instalado por detrás da ponte, num pavimento sobre o guincho original. É um aparelho caro, mas facilita a vida.
Após 2004, desembarcou as velhas baleeiras.
Mais uma achega, hoje passei pela Gafanha da Nazaré e o Joana Princesa, com um ar de quem está mais para lá do que para cá, tem o casco meio pintado de Cinza escuro, as superestruturas de Creme e melhor de tudo o nome ficou só Joana. Vamos ver se para a semana como este episódio acaba.
Já vi navios a serem demolidos com melhor aspecto.
Ricardo Matias
Obrigado pelas informações adicionais, Ricardo... Proveitosa a consulta dos livros de registo de navios na CPA. Um abraço do
LMC
Embarquei em 80 no Inacio Cunha passando por mim Capitao Ramalheira Sao Marcos algumas vezes Joao Bastos (joao de sono )sai em 91 e fui para as Malvinas no Sao Rafael ate 96.Fui ao comercio num barco Alemao em 98 vim para a America . Um Abraco para todos os camaradas dessas campanhas.
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