Legenda das imagens: Os cinco sobreviventes da tripulação do BRAGA. Localização do local do naufrágio na Biscaia
Notícia da agência LUSA editada por LMC: O navio português "Braga", que foi evacuado sexta-feira após ter sido detectada uma fenda no casco, acabou por se afundar na madrugada de terça-feira ao largo da Costa da Galiza, onde se encontrava à deriva, disse fonte da capitania da Corunha, Espanha.
A informação foi confirmada por fonte da empresa proprietária do cargueiro, a Naveiro-Transportes Marítimos, SA. "O navio manteve-se três dias a flutuar mas acabou por adornar e afundar-se, sem que houvesse hipótese de o rebocar", revelou o informador da empresa. O cargueiro sofreu um rombo no casco, quando se encontrava a 70 milhas da costa galega, na zona da província da Corunha, o que obrigou ao salvamento dos seus seis tripulantes, um dos quais, o comandante - de nacionalidade portuguesa - morreu na altura em que estava a ser resgatado de helicóptero. O Comandante foi vítima de um ataque cardíaco antes de chegar ao aeroporto, onde seria recolhido por uma ambulância.
Os outros cinco membros da tripulação - um português, dois cabo-verdianos e dois russos - foram transportados para o Complexo Hospitalar Universitário da Corunha. Segundo as autoridades da Galiza, o "Braga" - um cargueiro de 89 metros de comprimento que transportava trigo desde La Palisse, França, para Leixões - andou três dias à deriva a 77 milhas a noroeste da cidade da Corunha, tendo uma inclinação de 30 graus devido à água que, entretanto, entrou no porão. Próximo do navio estava um avião do Salvamento Marítimo e um rebocador espanhol para tentar recuperar o cargueiro. O afundamento do navio foi, também, seguido pelo armador e pelas autoridades marítimas através de satélite, com recurso, entre outros meios tecnológicos, ao sistema Google Earth. Uma outra fonte disse que o elevado custo do reboque do navio terá impedido a operação, tese negada pela firma Naveiro que garante que "um rebocador esteve sempre perto do navio". Sustentou também que "com as más condições meteorológicas dos últimos dias o reboque do barco se tornou inviável, sendo o afundamento inevitável".
A firma Naveiro, SA, com sede no Estoril, tem 12 navios, operando preferencialmente entre Portugal, a zona do Mediterrâneo e o Norte da Europa. Tem cerca de 90 funcionários entre pessoal de terra e tripulações, seis pessoas em média por cada navio.
O cargueiro "Braga", construído na Figueira da Foz, era do tipo short-sea, com 89 metros de comprimento, características que lhe permitiam navegar quer no mar quer em rios como o Douro, já que podia passar as eclusas. Podia transportar contentores ou carga a granel. Embora os proprietários se recusem a avançar qual o prejuízo resultante do afundamento, sabe-se que a construção terá custado entre cinco a seis milhões de euros. A empresa garante que o navio tinha os vários seguros previstos na lei, nomeadamente o de casco e equipamento, o de carga e o P&I, que financia a remoção dos destroços em caso de naufrágio ou os prejuízos que venha a causar, em termos ambientais ou outros.
For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia
A informação foi confirmada por fonte da empresa proprietária do cargueiro, a Naveiro-Transportes Marítimos, SA. "O navio manteve-se três dias a flutuar mas acabou por adornar e afundar-se, sem que houvesse hipótese de o rebocar", revelou o informador da empresa. O cargueiro sofreu um rombo no casco, quando se encontrava a 70 milhas da costa galega, na zona da província da Corunha, o que obrigou ao salvamento dos seus seis tripulantes, um dos quais, o comandante - de nacionalidade portuguesa - morreu na altura em que estava a ser resgatado de helicóptero. O Comandante foi vítima de um ataque cardíaco antes de chegar ao aeroporto, onde seria recolhido por uma ambulância.
Os outros cinco membros da tripulação - um português, dois cabo-verdianos e dois russos - foram transportados para o Complexo Hospitalar Universitário da Corunha. Segundo as autoridades da Galiza, o "Braga" - um cargueiro de 89 metros de comprimento que transportava trigo desde La Palisse, França, para Leixões - andou três dias à deriva a 77 milhas a noroeste da cidade da Corunha, tendo uma inclinação de 30 graus devido à água que, entretanto, entrou no porão. Próximo do navio estava um avião do Salvamento Marítimo e um rebocador espanhol para tentar recuperar o cargueiro. O afundamento do navio foi, também, seguido pelo armador e pelas autoridades marítimas através de satélite, com recurso, entre outros meios tecnológicos, ao sistema Google Earth. Uma outra fonte disse que o elevado custo do reboque do navio terá impedido a operação, tese negada pela firma Naveiro que garante que "um rebocador esteve sempre perto do navio". Sustentou também que "com as más condições meteorológicas dos últimos dias o reboque do barco se tornou inviável, sendo o afundamento inevitável".
A firma Naveiro, SA, com sede no Estoril, tem 12 navios, operando preferencialmente entre Portugal, a zona do Mediterrâneo e o Norte da Europa. Tem cerca de 90 funcionários entre pessoal de terra e tripulações, seis pessoas em média por cada navio.
O cargueiro "Braga", construído na Figueira da Foz, era do tipo short-sea, com 89 metros de comprimento, características que lhe permitiam navegar quer no mar quer em rios como o Douro, já que podia passar as eclusas. Podia transportar contentores ou carga a granel. Embora os proprietários se recusem a avançar qual o prejuízo resultante do afundamento, sabe-se que a construção terá custado entre cinco a seis milhões de euros. A empresa garante que o navio tinha os vários seguros previstos na lei, nomeadamente o de casco e equipamento, o de carga e o P&I, que financia a remoção dos destroços em caso de naufrágio ou os prejuízos que venha a causar, em termos ambientais ou outros.
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9 comments:
Já temos tão poucos então com este naufrágio ainda ficamos pior...
Barconauta,
O navio substitui-se, e agora o mercado até é favorável a uma boa compra no mercado de ocasião. Insubstituível foi a vida que se perdeu, do Comandante do navio...
Caro Luis Miguel Correia
Acontece e desta vez foi o Braga, embora de registo MAR, arvorava o pavilhão de Portugal, parcialmemte contruido por estaleiro nacional, além de fazer parte da crescente frota da Naveiro, armador de sucesso. Lamentavel foi a perda do seu comandante. Vá lá que se salvaram os outros cinco. Bem dizia o comandante L.M.de Kok do n/m holandês Mariscal Lopez, VNGCo's, que esteve em dificuldades na barra do Douro e ao telefone para o armador disse-lhe, se o navio se perdesse, pelos planos fazia-se outro igualzinho, agora se ele e os seus tripulantes perecessem no naufragio. jamais ninguém lhes devolvia a vida, e uma parte da tripulação era ali da Afurada, junto à barra! E acrecentou nesta barra não entro mais, já tenho tido sustos mas desta vez vi o meu fim, do piloto e da tripulação!
Saudações maritimo-entusiasticas
Rui Amaro
Realmente é de lamentar a morte do comandante do mesmo navio. Tal como citado pelos planos faz-se exactamente um igual, mas será que existe dinheiro para tal?...
Barconauta,
Muito provavelmente o BRAGA estava seguro por um valor superior ao valor real quando do seu afundamento, porque o mercado de navios em segunda mão tem vindo a perder valor com a recessão.
Não deve ser difícil ao armador substituir o BRAGA por outro navio moderno.
Isso é uma boa notícia quanto ao navio.
Quanto ao comendante é de lamentar, contudo é bastante positivo o salvamento da restante tripulação.
Alguém sabe o nome do Comandante?
Confirmo o nome do Comandante:
António Júlio Serra Ribeiro
Conheci muito bem há mais de 20 anos o Cte Serra Ribeiro, embarcou pelo menos duas vezes de 3ºpiloto comigo em navios tanques da SOPONATA, um deles o VLCC NOGUEIRA e a primeira vez, se não estou em erro de praticante de piloto no Ortins Bettencourt em 1976... era Cte. o famoso Manoel Gonçalo Rosa...
Excelente rapaz, individuo estudioso, mas enjoava imenso... Custa-me entender porque embarcaste num navio com 80 metros...
Amigo Serra Ribeiro, chegou a tua hora, bem cedo por sinal, ninguém esperava que partisses já, irás manter-te vivo nas nossas memórias e nos nossos corações, ficarão para trás as viagens que fizemos, o canal do Suez em 1976 no Ortins, a chegada do helicoptero com os mantimentos e o correio em Cape Town, o mata bicho às 7 da manhã, o arrôz à Terra Nova e a "roupa velha" ...
Até sempre Serrita...
Carlos Botelho, Imediato da Soponata (1981 a 1991)
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