Monday, March 16, 2009

Défice Externo e Marinha Mercante


O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou que o ano de 2008 registou um aumento do défice externo português para 10,6 por cento da riqueza gerada internamente, o valor mais elevado dos últimos 14 anos. "Este agravamento é explicado pelo agravamento da balança de bens e serviços", segundo o INE, uma vez que o agravamento do saldo dos rendimentos foi compensado pela evolução positiva no saldo das transferências de capitais.
Na mensagem de Ano Novo do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva afirmou que "há uma verdade que deve ser dita: Portugal gasta em cada ano muito mais do que aquilo que produz. Não pode continuar, durante muito mais tempo, a endividar-se no estrangeiro ao ritmo dos últimos anos".
Esta realidade podia ser muito atenuada ou invertida se fosse seguida em Portugal uma política de fomento da economia do Mar com enfase no desenvolvimento da Marinha de Comércio e da Indústria Naval, actividades que por sua vez levariam por arrastamento a uma série de serviços geradores de riqueza e postos de trabalho. A política não assumida de desmaritimização generalizada que desde há 35 anos vem sendo concretizada tem custos enormes. Para além de desequilibrar a balança de pagamentos ao exterior, levou entretanto à perda de conhecimentos (knowhow) na diversas áreas da economia do Mar. Um quadro lamentável de desperdício de oportunidades que continua a ser ignorado pela opinião pública e pelas nossas élites, com algumas excepções honrosas.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

1 comment:

Anonymous said...

Caro Luis falar aos Politicos sobre mar coisa de mar navios é como falar ao diabo em cristo.
Essa gente só pensa em votos, ora aqui náo ten grandes massas (Gente)para os por no poleiro.
Falar nestes assuntos e´como bater no ceguinho basta ver o que fizeram as frotas de pescas.
Até o recreio é para eles um luxo
as coimas por uma infração num barco de recreio são 250 €, se por azar ficarmos com ancora perdida no rio ou mar por acidente, e se acrecentar que a navalha caiu ao mar a multa são 500 €.(o dia ganho).
Num pais que tem um rio que quase atravessa o Pais, e a cada 50 km, norte sul cidades como Viana,Porto,Aveiro,Figueira, Lisboa,Setubal tendo toda a costa algarvia terminando com o guadiana, se este potencial estivesse em espanha , sem comentários.

Com os meus cumprimentos
Fernando Barros