Monday, June 29, 2009

Rumo ao Alfeite







Quando me comecei a interessar pelos navios e pelo mar, o meu mundo era antes de mais o Tejo e as inúmeras criaturas que nele navegavam, na década de 1960: navios de passageiros, cargueiros, cacilheiros, rebocadores e muitas embarcações tradicionais, varinos, fragatas, catraios, canoas...
A partir de 1975 o desaparecimento destes veleiros de trabalho genuinamente lisboetas ocorreu de forma precipitada, quase levando à sua extinção.
Sobreviveram alguns exemplares protegidos por autarquias ribeirinhas e por um punhado de resistentes entusiastas quase todos da margem Sul.
Felizmente hoje regista-se um ressurgimento de velas tradicionais vocacionadas para o lazer de cariz popular, integradas na Marinha do Tejo.
Sábado 27 de Junho de 2009 embarquei na canoa SALVARAM-ME para uma das mais belas travessias do Tejo, da Doca da Marinha, Mar da Palha fora até ao Alfeite...
Não há forma mais bonita de navegar e sentir este nosso Rio. Obrigado à Marinha do Tejo e ao Luís Roque da SALVARAM-ME pela possibilidade de embarque e travessia.
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia

7 comments:

fangueiro.antonio said...

Boas.

Sem dúvida o melhor exemplo a nível nacional de recuperação e manutenação da memória naval tradicional.
Tenho é por vezes notado muita "batota" com o uso de motores fora-de-borda, mas contra isso, nada, pois o mais importante é que o barco mantenha a traça tradicional.

Atentamente,
www.caxinas-a-freguesia.blogs.sapo.pt

LUIS MIGUEL CORREIA said...

Fangueiro,

As pessoas não são as mesmas de há 50 anos, a realidade é outra e hoje as embarcações sobrevivem associadas ao lazer e à cultura.
Os motores fora de borda são auxiliares apenas, depois há mastros em aço, velas em plástico, etc... mas o importante é preservar o essencial que é a cultura do Tejo...

João Quaresma said...

Caro António Fangueiro,

Penso que o melhor exemplo a nível nacional de recuperação e manutenção da memória naval tradicional encontra-se aqui espalhado pelos Açores, o património baleeiro está muito bem preservado, há 20 botes baleeiros e mais de 10 "gasolinas" perfeitamente recuperados ou construídos segundo os desenhos originais.
Estas embarcações têm uso! Todos os verões há campeonatos de vela e remo e são levados muito a sério!!

Um abraço,

João Quaresma

LUIS MIGUEL CORREIA said...

Caro João Quaresma,

A frota baleeira dos Açores é um exemplo para o nosso Mundo Marítimo, com a vantagem de ser muito apoiada pelo Governo Regional... Aqui não há tanta genoridade oficial...

Raquel Sabino Pereira said...

Esquecem-se Vossas Excelências que o Governo Regional dos Açores apoia a compra e o fabrico de velas de pano, ao contrário de cá...

A existência de motor auxiliar nas embarcações típicas do Tejo é obrigatória por lei (segurança no mar, segurança alimentar, segurança interna, etc etc), mas garanto-vos que raras vezes são usadas! Aliás, entrámos na Base Naval do Alfeite à vela!!!! YAHOO!!!!!

Luís da Moita said...

Obrigado Luís por ajudares a levar ao mundo o nosso salvaram-me... tú e a sailor são sempre bem vindos ao cais da moita!!!!ps envia-me fotos please!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Raquel Sabino Pereira said...

O Professor Carvalho Rodrigues vai-me dar uma pen com não sei quantos mega-gigas para fazer cópias das fotografias que tirámos no Sábado.