Imagem do navio-tanque grego VASSILIOS a navegar a sul de Tessalónica em Agosto de 2002.
Dizem que tenho mau feitio, enfim coisas com que habitualmente não concordo, mas há uma situação que me deixa doido: cruzar-me com um ex-navio português.
Foi assim a primeira vez que estive em Miami atracado ao lado do ex-Amélia de Mello, foi assim um belo fim de dia em que estava a jantar a bordo do ARION.
Este simpático navio da Classic International Cruises tem o restaurante à popa com janelas panorâmicas e a tripulação excedeu-se em tratamento VIP ao LMC. Entre duas colheres de sopa olhei para a janela e de repente reconheci um velho amigo - disse uma interjeição à Capitão Haddock, dei um pulo até ao camarote e em segundos estava no tombadilho a fotografar este pequeno petroleiro VASSILIOS que não era outro senão o ANGOL vendido anos antes pela Sacor Marítima.
Ainda fico irritado com a situação, e isso até seria estúpido pois uma das actividades do "shipping" - indústria de transportes marítimos é exactamente a compra e venda de navios. Depois de muitos anos em tratamento com o psicólogo descobri que a minha irritação vem do facto de os nossos armadores terem mais tendência para vender do que para comprar. Ainda hoje tomo 25 comprimidos por dia para controlar essa indignação contra a desmaritimização nacional, um verdadeiro crime sem castigo.
Claro que nos meus momentos de lucidez reconheço que o ANGOL serviu o armador português durante 20 anos e se houve um grego que depois o aproveitou tanto melhor. Isto de gerir maluquices de entusiastas de navios é muitas vezes complicado...
Texto e imagens /Text and images copyright L.M.Correia. For other posts and images, check our archive at the right column of the main page. Click on the photos to see them enlarged. Thanks for your visit and comments. Luís Miguel Correia
Dizem que tenho mau feitio, enfim coisas com que habitualmente não concordo, mas há uma situação que me deixa doido: cruzar-me com um ex-navio português.
Foi assim a primeira vez que estive em Miami atracado ao lado do ex-Amélia de Mello, foi assim um belo fim de dia em que estava a jantar a bordo do ARION.
Este simpático navio da Classic International Cruises tem o restaurante à popa com janelas panorâmicas e a tripulação excedeu-se em tratamento VIP ao LMC. Entre duas colheres de sopa olhei para a janela e de repente reconheci um velho amigo - disse uma interjeição à Capitão Haddock, dei um pulo até ao camarote e em segundos estava no tombadilho a fotografar este pequeno petroleiro VASSILIOS que não era outro senão o ANGOL vendido anos antes pela Sacor Marítima.
Ainda fico irritado com a situação, e isso até seria estúpido pois uma das actividades do "shipping" - indústria de transportes marítimos é exactamente a compra e venda de navios. Depois de muitos anos em tratamento com o psicólogo descobri que a minha irritação vem do facto de os nossos armadores terem mais tendência para vender do que para comprar. Ainda hoje tomo 25 comprimidos por dia para controlar essa indignação contra a desmaritimização nacional, um verdadeiro crime sem castigo.
Claro que nos meus momentos de lucidez reconheço que o ANGOL serviu o armador português durante 20 anos e se houve um grego que depois o aproveitou tanto melhor. Isto de gerir maluquices de entusiastas de navios é muitas vezes complicado...
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1 comment:
E as minhas visitas diárias aqui também não me ajudam nada a controlar as saudades e as memórias!
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