Gosto de ver contentores aqui, envolvidos na cidade e no porto, de passagem por uma zona de lazer, na Junqueira à beira-rio. Historicamente esta área do Porto de Lisboa foi gerida durante muitos anos pelos Caminhos de Ferro e ainda me lembro da estação ferroviária de mercadorias junto à Doca de Santo Amaro. É preciso agora que a reconversão do Terminal de Alcântara ande depressa e, tomada a decisão de o expandir, não gastar mais tempo em discussões. Ninguém vai a lado nenhum com choramínguices, sejam elas de políticos ou cidadãos inimigos das actividades marítmo-portuárias em Lisboa e onde quer que seja.
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3 comments:
Hoje da ponte vi um navio da CMA CGM a ser descarregado pelos três pórticos de cais da Liscont em simultâneo: nunca o havia visto antes. Imediatamente me imaginei a olhar uma Liscont com um terminal bem apetrechado de pórticos e demais equipamentos, capaz de se tornar um porto importante no trans-shipping, nomeadamente para os navios em trânsito de e para os orientes. Imaginei também uma cidade que veja um amigo e uma mais-valia no porto comercial... Mas depois caí na realidade.
Luís, aproveito para renovar o pedido feito sobre os rebocadores há uns dias atrás.
Um abraço, bom fim-de-semana,
PB
O "enterramento" da linha ferroviária "requerida" pela LISCO(U)NT é algo que deverá merecer alguma atenção - pelo menos técnica.
Considerando o modelo de vagão plataforma ferroviário podemos estar a falar de um peso máximo (carga + tara) de 23 TON eixo. Cada vagão plataforma são 2 eixos por boggie, cada boggie tem 2 eixos,..., muito peso.
A própria ponte 25A está dimensionada para 23 TON/eixo, considerando um máximo aceitável de 19 TON/eixo.
"Sacar" mercadorias da Alcântara por túnel seguindo o troço em funcionamento já obriga a que a inércia do material ferroviário comece a ser vencido ainda à beira mar, pois a sua paragem noutro ponto do trajecto até Entrecampos resulta na falta de esforço de tracção (e cortes de potência) nas locomotivas (eléctricas 5600 ou Diesel 1400 / 1900(30 = 60).
Em termos ferroviários tirar contentores de Alcântara não é fácil.
O próprio ENGº Edgar Cardoso entendeu necessário e oportuno avaliar a "fadiga dos materiais" que constituem a Ponte 25A. Até hoje ninguém o fez, talvez o LNEC "em off".
Tudo em aberto, mas um bom negócio para alguém,..., como na industria de defesa ou aquilo que se quiser chamar.
A
Rui
Muito interessante e pertinente o seu comentário, Rui. Obrigado pela visita e participação.
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