O FUNCHAL está a sofrer a conclusão da grande reparação iniciada em 2011 e encontra-se na doca 1 da Navalrocha desde 3 de Junho último. Muito foi já feito, mas ainda há muito para fazer e este mês de Julho vai ver as folhinhas do calendário a correr com mais força que o habitual. Dentro de um mês este antigo navio terá a sua dignidade recuperada. Entretanto precisa-se de passageiros e de uma operação adequada aos desafios actuais do mercado de cruzeiros e a romper com as peculiaridades de um longo processo em que é denominador comum o Banco Montepio.
Foi uma dor de alma ter assistido à morte lenta deste navio desde que parou em Lisboa a 16 de Setembro de 2010.
Felizmente que está a ser concluída a sua recuperação física, mas o custo é enorme e a aventura associada ao financiamento de tudo isto já ultrapassa em muito todas as projecções mais optimistas do que este navio e os seus companheiros de frota alguma vez poderão valer. Resta a esperança no sucesso do novo operador que não será tarefa fácil... E mais não digo, para não se pensar que sou do contra. Só que mais de 40 anos de militância pró-mar português já me ensinaram muito, proporcionaram assistir a repetidas asneiradas e revelações geniais cujo resultado foi o quase zero marítimo vergonhoso a que o Portugal dos navios e do mar chegou.
Pelos cais abandonados da nossa inépcia ficaram 50 mil empregos destruídos, a negação do saber aprendido por anos de esforços e muitos, muitos, muitos milhões de contos e euros pagos a operadores estrangeiros na lógica de ser mais barato utilizar navios estrangeiros.
Oxalá o FUNCHAL e os seus amigos resgatados no início deste ano sejam um sucesso nas mãos empreendedoras de quem frenéticamente parece querer desbravar este curioso mundo dos navios, ainda por cima com passageiros, a mais díficil de todas as cargas, no dizer de um velho lobo do mar meu conhecido.
Pelos cais abandonados da nossa inépcia ficaram 50 mil empregos destruídos, a negação do saber aprendido por anos de esforços e muitos, muitos, muitos milhões de contos e euros pagos a operadores estrangeiros na lógica de ser mais barato utilizar navios estrangeiros.
Oxalá o FUNCHAL e os seus amigos resgatados no início deste ano sejam um sucesso nas mãos empreendedoras de quem frenéticamente parece querer desbravar este curioso mundo dos navios, ainda por cima com passageiros, a mais díficil de todas as cargas, no dizer de um velho lobo do mar meu conhecido.
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