Thursday, June 29, 2017
Mediterranices...
Wednesday, June 28, 2017
Mostrar as bandeiras enquanto as houver
No que toca aos navios e em especial à Marinha Mercante, as bandeiras e os registos respectivos há muito que não são o que foram antes da globalização, que pode dizer-se começou no mar com as frotas mercantes ditas independentes embandeiradas nos Panamás Libérias e outras.
Não fossem as visitas esporádicas de navios da Marinha do Brasil e a presença em águas portuguesas de navios com a bandeira do Brasil estaria até provavelmente afastada das memórias.
Falar da bandeira do Brasil e do CISNE BRANCO é o mesmo que referir a situação de ausência da bandeira dos Estados Unidos da América e do navio-escola EMPIRE STATE, igualmente presença nos cais de Lisboa em Junho. Foi bom ver a bandeira dos EUA içada à popa de um navio mostrando como porto de registo Nova Iorque.
Fotografias do CISNE BRANCO registadas a 13 e 14 de Junho (largada do navio) Imagens anteriores aqui; imagens do EMPIRE STATE datadas de 26 de Junho de 2017. Mais imagens do EMPIRE STATE, da escala anterior em 2014, aqui.
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EMPIRE STATE em Lisboa
O EMPIRE STATE é um navio muito interessante e pouco vulgar nos dias de hoje: um antigo cargueiro rápido construído em 1961 para a carreira do Pacífico, posteriormente transformado em navio de passageiros, classificado oficialmente como transporte de tropas da US Navy. É um navio com turbinas a vapor e um perfil clássico quase desaparecido dos mares.
As características e história do EMPIRE STATE podem ser vistas aqui. Na viagem actual está a ser editado um blogue pela tripulação que pode ser lido aqui...
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EMPIRE STATE (Training Ship),
U S Shipping
Tuesday, June 27, 2017
CRUISING THE WORLD: HORTA, Fayal Island
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The Fayal and Pico islands in the Azores are just a piece of paradise one should not miss. And there is no better way to arrive at the Azores than by sea on a ship. The Atlantic ocean is at its best there and then there is the Pico vulcano always present and this surrounded by 360 degrees of beauty.
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Monday, June 26, 2017
Luís Miguel Correia: o primeiro livro, em 1988
O dia 7 de Novembro de 1988 foi especial para mim: nessa tarde decorreu o lançamento do meu primeiro livro - PILOTAGEM - SERVIR A NAVEGAÇÃO E OS PORTOS, uma história da pilotagem no porto de Lisboa.
A investigação e a produção desta obra foi uma experiência muito gratificante sob múltiplos aspectos: percorri o País a toda a costa, fiz Grandes Amigos, e a apresentação do livro, feita pelo historiador Dr. José Manuel Garcia, decorreu a bordo de um cacilheiro cedido pela TRANSTEJO, um "M" construído em São Jacinto.
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As duas fotografias da apresentação foram feitas pelo Rodrigo Bettencourt da Câmara. A da capa é minha.
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Livros de Luís Miguel Correia,
LMC - Memórias,
Pilotos,
Transtejo
Sunday, June 25, 2017
Paquetes FUNCHAL e PORTO: os desterrados da Matinha
Arrastões ROAZ e ALBAMAR
Arrastões costeiros portugueses ROAZ e ALBAMAR fotografados no porto de pesca da Figueira da Foz a 26 de Maio de 2017. Curioso o facto de haver dois navios portugueses com a mesma denominação ROAZ, este e o cimenteiro da Seacarrier, de Lisboa. Registos diferentes, com o navio de comércio embandeirado na Madeira.
SOLDADOS NO MAR
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O
comando da coluna instalou-se na sala de música, entre o piano e o
«jazz-band». O Estado Maior bivacou na sala de leitura. No «deck»
de sotavento alinha-se uma dúzia de cadeiras de balanço, onde os
convalescentes fazem tranquilamente a sua cura de repouso. Um soldado
enrolou-se na manta e acocorou-se em cima de um tubo de vapor.
-
Que é que tu fazes ai? Perguntou o comandante do navio.
-
Não faço mal a ninguém… Não me mande embora, meu senhor. Está
tão quentinho aqui!
A
temperatura realmente desceu. Em compensação o barómetro subiu. O
tempo amainou. O mar está mais amável. Vultos enrolados em mantas
saíem de um porão e sobem lentamente para o convez, a um fundo,
como uma confraria sevilhana. É a confraria dos enjoados. Que foi
autorizada a permanecer no «deck» de primeira classe, graças à
piedosa intervenção do médico do destacamento, o dr. Bicudo de
Medeiros. Há rapagões de Trás-os-Montes e da Beira vencidos pelo
mar. Oiço-os conversar timidamente, como crianças, junto da vigia
do meu camarote.
-
Raio de valsa que não acaba mais!
-
E o Funchal ainda é muito longe? Pergunta um do Alentejo,
prolongando a última silaba da palavra «longe», como se quisesse
emprestar-lhe a noção de distância. O «mê» amigo tinha-me dito
que eram trinta e oito horas de viagem… Afinal já cá andamos no
mar há cinco dias – e nan vejo modos de chegar ao Funchal…
-
Eu cá não me incomodo, diz outro. Aqui não se passa mal.
-
E a gente sempre vai correr mundo, não se paga a passagem.
-
Tu já sabes para onde vamos?
-
O nosso sargento disse-me que iamos p’ras ilhas dos Açores,
responde um cabo de infantaria.
-
É muito longe? Pergunta o 515 de caçadores.
-
Temos de andar outrotanto, elucida um de metrelhadoras, que é
entendido em geografia. Os Açores são umas ilhas que ficam no meio
do mar e pertencem à gente.
E
a conversa prossegue no mesmo tom ingénuo e pitoresco. Um diz que
lhe tem custado a aguentar o mar, este declara que nunca esperou ver
tanta água junta, aquele pergunta à sua maneira o que ficará para
além da linha do horizonte e o outro mostra-se surpreendido porque
ainda não viu sinal de «criação» à tona de água.
O
clarim tocou a reunir. Fez-se a chamada.
-
Falta um homem, meu tenente.
-
Procurem-no por toda a parte.
Partiram
soldados para todos os cantos do navio. O 471 da 1.ª não se
encontra vivo nem morto. Ninguém o viu sair a «porta das armas».
Não teve «licença de recolher». Nenhuma embarcação atracou ao
navio. O navio não atracou a nenhum cais, Onde está o 471 da 1.ª?
-
Pronto meu tenente. Estava dentro do «gasolina», aninhado junto da
casinha do motor.
O
mais curioso da expedição são os soldados. Um jornalista francês
chamou-lhes os maiores anões do mundo. Lembro-me de que ainda
escrevi qualquer coisa a protestar. Dou a mão à palmatória. O
francês tinha razão. Não são apenas pequenos de estatura. Têm
alma de criança, uma alma branca e ingénua enquadrada dentro de uma
medalhinha que trazem ao pescoço.
-
Foi minha Mãe que ma deu.
-
Tu ainda tens Mãe?
-
Tenho.
E
os que não têm Mãe, têm uma irmã, têm uma noiva, e enquanto
eles andam sobre as águas, por essas paragens que o demo sulcou, a
Mãe reza, a irmã reza e a noiva também reza.
-
Homem, se a gente escapa desta, tem muito que contar…
Eles
talvez. Nós não…
Norberto
Lopes.”
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Saturday, June 24, 2017
Os Cacilheiros da Figueira da Foz
Dos diversos tipos de criaturas marítimas nativas da foz do Tejo, hoje os Cacilheiros são seguramente os mais irrequietos, sempre em rotas de fuga de uma para a outra margem.
Na imagem, registada a 5 de Maio de 2017 a jusante do Cais do Sodré, na antiga Ribeira Nova, vêm-se dois Cacilheiros em flagrante delito de mobilidade entre margens, o CAMPOLIDE e o DAFUNDO, que têm duas particularidades a assinalar: são ambos nascidos na Figueira da Foz, nos estaleiros da Foznave, e ambos sobreviventes da série original de oito mais quatro "Cacilhenses", construídos para modernizar a frota da Transtejo e em simultâneo dar trabalho a estaleiros nacionais em Alverca, São Jacinto e Figueira, e entrados ao serviço em 1981-1984. Curiosamente nenhum dos três estaleiros construtores se mantém de portas abertas, pois não resistiram a infecção prolongada com o terrível vírus da DESMARITIMIZAÇÃO.
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Monday, June 19, 2017
QUEEN VICTORIA post-refit in Lisbon
Mixed feelings about QUEEN VICTORIA's new post 2017 Palermo refit after photographing her very early in the morning today on the ship's first Lisbon call following modernization in Italy. New cabins have been built at the stern that now looks more square in line with near sister QUEEN ELIZABETH. More cabins, more revenue, but also a larger pool deck.
Check this official QV video showing the new facilities on board here. Compare the VICTORIA's new look with previous posts and photographs in Ships & the Sea.
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Cunard Line,
Queen Victoria (Passenger ship)
Saturday, June 17, 2017
O meu assistente...
Não sei se com todas as paranóias securitárias destes tempos modernos ainda haverá mascotes a bordo dos navios, o mais certo é não, pois já lá vão os tempos em que se navegava com os paióis a abarrotar de mantimentos, hoje a coisa é mais para a fominha em muitos navios globais. Mas aqui na sede da fábrica de livros de marinha do LMC, continuamos a antiga tradição, com o ilustre PINGUIM, de nome oficial CHICO, a exercer zelosamente o cargo de Primeiro Assistente, encarregue da gestão do património documental.
I am not sure if pets are still found on board merchant ships these days, but at least on the head office of Luís Miguel Correia Book Productions, pets are very much in demand, with PINGUIM hard at work as LMC's First Assistant in charge of printed shipping documents.
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CRUISING THE WORLD: PUERTO CHACABUCO
o
Com um dia tórrido em Lisboa, nada como recordar esta viagem aos fiordes do Chile, à Patagónia, ao Cabo Horn, às Malvinas, Argentina e Uruguay a bordo de um grande navio com todo o conforto (para os passageiros), o paquete GOLDEN PRINCESS.
Fotografias feitas a 20 de Janeiro de 2015 à chegada a Puerto Chacabuco, com uma paisagem magnífica e os Andes sempre a espreitarem na linha do horizonte.
On a very hot day in Lisbon it feels good to remember a fantastic trip to the Chilean Fjords, Patagonia, Cape Horn, the Falklands, Uruguay and Argentina on board the Princess Cruises GOLDEN PRINCESS.
Photographs taken while arriving at Puerto Chacabuco early in the morning of 20 January 2015 on a stunning scenery.
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Friday, June 16, 2017
Marinha Mercante: "Protesto de Mar"
Desde que me conheço que acompanho os assuntos ligados à Marinha Mercante Portuguesa, em resultado do que, de 1981 para cá, já publiquei centenas de artigos e duas dezenas de livros sobre os navios portugueses e a nossa marinha mercante.
Este exercício que cedo se tornou uma paixão construtiva, é cada vez mais difícil de prosseguir, por manifesto desaparecimento do tema em si. Quarenta anos de Desmaritimização foram suficientes para reduzir os transportes marítimos portugueses a quase nada, só me resta fazer um protesto de mar, aqui, que não mo aceitam na Capitania...
As razões desta situação ignóbil são muitas e não as vou repetir agora, apenas protestar, abrindo o canhão de água à potência máxima a ver se lavo a alma e se quem de direito acorda, e percebe que Portugal precisa de navios e de transportes marítimos próprios, por razões estratégicas, de segurança, sobrevivência em situação de crise aguda e por necessidade de criação de riqueza, que tanta falta nos faz.
Depois estamos rodeados por uma coreografia marítima e portuária de água doce, como a fotografia acima traduz, na caricatura de ponte móvel que substituiu a anterior, de 1927, ou a reconstrução sem rigor feita ao histórico "barco" ÉVORA, que faz lembrar vagamente a sua forma original, belíssima de barco do Barreiro quase iate. Nada contra o actual ÉVORA, melhor assim que ter sido desfeito como quase todos os outros, mas a nossa realidade marítima é virtual e pobre.
Protesto de Mar, texto e fotografias de Luís Miguel Correia, cada vez mais impaciente face ao zero marítimo do momento. E não me venham falar de registos insulares nem de trapalhadas convencionais, que não sabem o que dizem nem o que fazem.
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Assuntos do MAR,
Desmaritimização
Sunday, June 11, 2017
Porto de Lisboa: e o Tejo amanhece...
Os minutos que precedem a alvorada na cidade de Lisboa vistos a partir do Tejo são verdadeiramente sublimes, em especial nesta fase do ano em que o Sol nasce pelas seis da manhã quando ainda impera um silêncio que pouco depois é anulado pelos ruídos múltiplos da actividade humana e citadina.
A essa hora a ponte pedonal da Rocha do Conde de Óbidos está ainda aberta com sinal verde para a navegação que hoje se resume essencialmente a embarcações de recreio ou turísticas de tráfego local. Mesmo com luz verde já não há navios para entrar na Doca de Alcântara, a qual em 1957 recebeu o gigantesco VERA CRUZ por uma única vez.
ODE MARÍTIMA
Sozinho, no cais deserto, a esta manhã de Verão,
Olho pró lado da barra, olho pró Indefinido,
Olho e contenta-me ver,
Pequeno, negro e claro, um paquete entrando.
Vem muito longe, nítido, clássico à sua maneira.
Deixa no ar distante atrás de si a orla vã do seu fumo.
Vem entrando, e a manhã entra com ele, e no rio,
Aqui, acolá, acorda a vida marítima,
Erguem-se velas, avançam rebocadores,
Surgem barcos pequenos detrás dos navios que estão no porto.
Há uma vaga brisa.
Mas a minh'alma está com o que vejo menos.
Com o paquete que entra,
Porque ele está com a Distância, com a Manhã,
Com o sentido marítimo desta Hora,
Com a doçura dolorosa que sobe em mim como uma náusea,
Como um começar a enjoar, mas no espírito.
Olho de longe o paquete, com uma grande independência de alma,
E dentro de mim um volante começa a girar, lentamente.
Os paquetes que entram de manhã na barra
Trazem aos meus olhos consigo
O mistério alegre e triste de quem chega e parte.
Trazem memórias de cais afastados e doutros momentos
Doutro modo da mesma humanidade noutros pontos.
Mais ODE MARÍTIMA aqui...
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Port of Lisbon Daily Photo,
Porto de Lisboa
Friday, June 09, 2017
Porto de Lisboa a cumprir o mito do Cais da Europa
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