Wednesday, December 24, 2025

Navios na Lisnave (Margueira)


























Quando comecei a fotografar a navegação no porto de Lisboa, a partir de 1970, os estaleiros navais da Lisnave, tanto a Margueira como a Rocha, encontravam-se em plena pujança, contribuindo de forma determinante para a quantidade e diversidade de navios que demandavam o Tejo.
Talvez por achar que nada iria mudar para pior no que toca à reparação naval em Lisboa, não fotografei essa atividade tanto como gostaria, embora o tenha feito, como prova esta imagem de dois petroleiros da URSS em reparação na Margueira na década de 1980. 
Não me conformo com o vazio que o encerramento do estaleiro deixou e com o vandalismo absurdo com que tanta coisa tem sido destruída no antigo estaleiro. Portugal andou séculos literalmente a sonhar com a concretização do grande estaleiro naval do Tejo, e depois, foi o que sabemos.
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Viajar há 100 anos

Viajar acrescenta novas dimensões às vidas de cada qual. Gosto de viajar por mar. Comecei muito cedo. 
Provavelmente adquiri o fascínio pelos navios e pela vida marítima nessas primeiras viagens, nos paquetes VERA CRUZ e SANTA MARIA. 
Seguiram-se o FUNCHAL, o MADEIRENSE e o PÁTRIA, mas a partir de 1980, tenho alguma dificuldade em continuar a lista dos navios em que já viajei, de memória, sem uma cábula. 
Na primeira fase da minha vida, além destes navios, voei num hidroavião da companhia inglesa Aquila, com embarque em Cabo Ruivo (Lisboa), em 1958, e diversas vezes, nos Super Constellation dos Transportes Aéreos Portugueses (anos sessenta), ainda nos tempos em que uma viagem aérea era um luxo e um privilégio. Fazia-se toilette, o ambiente era requintado, o Aeroporto de  Lisboa era um local agradável. 
Há cerca de 100 anos, viajar por mar tinha duas facetas: o requinte e o luxo dos grandes paquetes, destacados no cartaz da French Line / Compagnie Générale Transatlantique, ou o ambiente austero, temperado pela esperança em vidas novas no Novo Mundo, sentido por milhares de emigrantes.
Hoje o mundo é cada vez mais de fazer de conta no que toca a viagens marítimas, os cruzeiros têm regresso marcado ao porto de partida, ou a qualquer outro com ligação à origem, viaja-se tanto por prazer como por aventura, e as opções são infindáveis. 
Claro que quem tiver imaginação pode sempre viajar no tempo ou pura e simplesmente sonhar.
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Monday, December 15, 2025

II Congresso Nacional da Marinha Mercante
















Decorreu de 19 a 26 de novembro de 1958, nas instalações da Feira das Indústrias de Lisboa, o segundo congresso da Marinha Mercante, que contou com a participação de 600 congressistas. 
Na época, a  Marinha Mercante nacional era tida como uma das atividades económicas mais importantes do País e encontrava-se em desenvolvimento, com expansão da frota e serviços. 
Para assinalar o acontecimento, os CTT emitiram uma série de selos comemorativos do Congresso, que reproduzimos acima.
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BALMORAL de saída de Lisboa



















Este sábado resolvi passear o olhar pelo Tejo. Estava previsto algum movimento de navios interessantes, o sol brilhava convidativo e posicionei-me de forma a registar a largada do paquete BALMORAL, navio que venho fotografando desde 1988, quando da sua introdução como CROWN ODYSSEY. Optei por procurar a fusão visual do navio com o casario de Lisboa, realçando a cumplicidade da navegação com o velho porto atlântico. 
O BALMORAL é um dos três paquetes utilizados atualmente pela companhia norueguesa Fred. Olsen Cruise Line em cruzeiros regulares a partir do Reino Unido. Com 37 anos de operação, o BALMORAL pode ser considerado um veterano, foi construído na Alemanha para a companhia grega Royal Cruise Line, como CROWN ODYSSEY e já esteve em Lisboa inúmeras vezes, com diversos nomes. Mantém um aspeto elegante, com linhas clássicas modernas típicas da segunda geração de navios de cruzeiros, introduzidos nas décadas de 1980 e 1990, de que já desapareceram alguns. As cores atuais da Fred. Olsen ajudam pelo bom gosto e harmonia.
Paquete BALMORAL fotografado a 13 de dezembro de 2025 por Luís Miguel Correia em Lisboa.
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Terminal de Cruzeiros de Lisboa a 13 de dezembro























Terminal de Cruzeiros de Lisboa a 13 de dezembro último, com dois navios de passageiros atracados e mais um a espreitar: o QUEEN VICTORIA, o BALMORAL, ambos em escalas de cruzeiros iniciados no Reino Unido, e ainda o FUNCHAL, envergonhado na sua camuflagem albina, imerso no silêncio das causas perdidas. Os navios dão vida ao porto e à cidade.
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Sunday, December 14, 2025

O n/m ATLÂNTICO no Tejo




















Aspeto do ATLÂNTICO a navegar no Tejo, ontem, 13 de dezembro de 2025, para atracar ao cais de Santa Apolónia.
Registei a passagem do navio de carga português mais recente - foi adquirido em setembro último pela GS Lines - precisamente enquadrado pela Baixa Pombalina, junto aos torreões e edifícios históricos do Terreiro do Paço, a que não falta agora a árvore de Natal, com o edifício da Marinha no seu azul erudito - a cor mais bonita - e o Castelo de São Jorge, quase escondido pela pujança do arvoredo lá em cima na colina mais nobre de Lisboa.
Nestes meses de dias mais curtos, não é fácil fotografar a navegar no Tejo o novo porta-contentores ATLÂNTICO, pois as suas escalas habituais aos sábados, vindo de Leixões e com destino ao Caniçal, concretizam-se com horas de entrada e largada impróprias para o tipo de fotografias que aprecio fazer: costuma chegar a Lisboa pelas 07:00 e largar pelas 24:00. Desta vez a chegada foi ao final da tarde, devido a efeitos da greve geral de 11 de dezembro, e aproveitei a oportunidade.
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Saturday, December 06, 2025

O novo cargueiro português ATLÂNTICO
























O Grupo Sousa, do Funchal, aumentou a frota de porta-contentores da sua empresa armadora GS Lines com mais um navio, a que atribuiu o nome ATLÂNTICO.
Com 11 811 toneladas de porte bruto, capacidade para 875 contentores de 20 pés e 18 nós de velocidade, o ATLÂNTICO foi adquirido à companhia islandesa EIMSKIP, chamava-se LAGARFOSS e foi entregue em Reikjavik no dia 23 de setembro de 2025, quando mudou de nome e passou a integrar o registo convencional português. 
O ATLÂNTICO chegou a Viana do Castelo a 1 de outubro vindo da Islândia e permaneceu no estaleiro WESTSEA até 11 de outubro, quando saiu para Leixões (12-10) e Caniçal (14 a 15-10), substituindo o FUNCHALENSE 5 na carreira regular com rotação semanal Caniçal - Leixões - Lisboa - Caniçal. O navio fez escala em Lisboa pela primeira vez a 18 de outubro, porto que frequenta todos os sábados, e onde o fotografámos.
Construído em 2014 com caraterísticas especiais para as necessidades da companhia islandesa, tem muito boa capacidade de manobra, aspeto muito importante que lhe permite operar no Caniçal no limite das dimensões permitidas para aquele porto madeirense. O ATLÂNTICO é um navio de carga bonito e imponente, sendo atualmente o mais moderno da carreira Continente - Ilhas. 
Com a compra do ATLÂNTICO a GS Lines passa a ter uma frota de sete porta-contentores próprios, seguindo uma política meritória de substituição de navios afretados por tonelagem própria. 
De referir a decisão feliz de escolher o nome ATLÂNTICO, que foi precisamente o do primeiro vapor da antiga Empresa Insulana de Navegação, o qual serviu a carreira dos Açores e Madeira de 1871 a 1877.
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Porto de Lisboa: Cais da Rocha a Alcântara (1963)

























Imagem antiga dos cais de Santos, Rocha e Alcântara, no Porto de Lisboa, com a ponte em início de construção, ainda sem os pilares. Fotografia feita de manhã, com luz de inverno ou início de primavera, muito possivelmente a partir do Alto de Santa Catarina.
Atracados à Estação Marítima da Rocha podem ver-se dois paquetes da Companhia Colonial de Navegação, o maior é o VERA CRUZ ou o seu gémeo SANTA MARIA, e pela popa deste o PÁTRIA ou o gémeo IMPÉRIO, distinguindo-se a chaminé do outro destes dois paquetes dentro da doca de Alcântara, atracado ao cais Norte, uma raridade pois habitualmente o IMPÉRIO e o PÁTRIA, que faziam a linha Lisboa - África Oriental encontravam-se em São Tomé ou nas proximidades do equador nas respetivas viagens. 
Na Estação Marítima de Alcântara estão atracados os paquetes FUNCHAL e NIASSA, e a Doca de Alcântara está pejada de navios, mas a pouca nitidez da imagem não permite uma identificação séria desses navios. 
Em primeiro plano, atracado ao travessão do cais de Santos, onde hoje funciona uma discoteca, destaca-se um dos cargueiros da companhia alemã OPDR. 
Enfim, os cais de Lisboa cheios de navios e embarcações auxiliares, que tanto acrescentavam à cidade e à paisagem fluvial, que hoje está tão limitada por razões associadas à Desmaritimização e à ignorância.
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Doca de Alcântara cheia de navios portugueses


Belíssima imagem da Doca de Alcântara vista a partir do topo oeste, no período de apogeu comercial da doca e da frota mercante portuguesa, na década de 1960. À esquerda, a proa do navio de passageiros e carga RITA MARIA, construído em Lisboa em 1953, e que então fazia a linha de Cabo Verde e Angola, assegurada depois de 1966 a 1971 pelo AMÉLIA DE MELLO. Ao fundo estão atracados o LUGELA e o PÁTRIA, no cais da Colonial e a meio, pode ver-se, carregado e com ar de largada próxima, o HORTA, navio de carga e passageiros da Companhia de Navegação Carregadores Açoreanos, em cujo cais privativo se encontra, e que fazia a carreira dos Estados Unidos. Por detrás da grua, está um cargueiro da classe "A" da Sociedade Geral, com o COSTEIRO TERCEIRO ou o SÃO MACÁRIO ao costado. 
Em 1970 passeava frequentemente por aqui e aqui comecei a fazer as primeiras fotos a preto e branco. Lamentavelmente, nada deste espaço portuário icónico foi preservado com dignidade pelas entidades donas do local. Tenho de fazer um livro dedicado à Doca de Alcântara e aos seus belos navios.
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Friday, December 05, 2025

Paquete ALFREDO DA SILVA, da Sociedade Geral

 

Passear pela Doca de Alcântara nos anos sessenta do século XX permitia observar sempre alguns dos navios da numerosa frota da Sociedade Geral de Comércio, Indústria e Transportes, atracados ao cais privativo da SG, como esta antiga imagem mostra: o paquete ALFREDO DA SILVA em operações de carga e descarga entre viagens a Cabo Verde e à Guiné, com saídas quinzenais de Lisboa, aos dias 10 e 25. 
O ALFREDO DA SILVA foi o primeiro de quatro navios de caraterísticas idênticas, mas todos diferentes, construídos no estaleiro da Rocha pela CUF entre 1950 e 1954. Além do ALFREDO DA SILVA, de referir o ANA MAFALDA, o RITA MARIA e o MANUEL ALFREDO, que faziam a carreira referida acima, mas também viagens a Angola quando possível.
A Sociedade Geral foi constituída em 1919 pelo industrial Alfredo da Silva assumindo uma posição destacada no seio da Marinha Mercante portuguesa até ser integrada na Companhia Nacional de Navegação a 1 de janeiro de 1972 por fusão inspirada pelo Ministro da Marinha Pereira Crespo.
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DOCA DE ALCÂNTARA na década de 1960

























É raro encontrar boas fotografias a cores da Doca de Alcântara no período após a Segunda Guerra Mundial, pelo que esta imagem, do princípio dos anos de 1960, me parece muito interessante. Mostra dois dos navios da frota da Companhia Colonial de Navegação (CCN), atracados de braço dado junto ao armazém da Companhia, durante o período de estadia no porto de armamento (Lisboa), entre viagens. Era principalmente na Doca de Alcântara que os navios da CCN eram pintados e beneficiados regularmente, largavam de Lisboa sempre impecáveis de pintura e aspeto geral.
O LUGELA era o maior dos cargueiros alemães comprados pela Colonial durante a Segunda Grande Guerra, datava de 1926 e foi adquirido à HAPAG (uma das companhias que em 1970 deu origem à HAPAG-LLOYD), tendo sido o primeiro navio de comércio português equipado com turbinas a vapor, servindo de escola prática para a frota de paquetes a turbinas construída entre 1947 e 1961 para a Colonial. 
O primeiro desses paquetes, entregue à CCN em dezembro de 1947 em Clydebank seria o PÁTRIA, que se pode observar na fotografia atracado junto ao LUGELA. 
O N/T LUGELA navegou até 1971 e o PÁTRIA foi vendido em 1973, ano em que foi comprado pela CCN na Alemanha um segundo LUGELA, cargueiro do tipo 499, destinado à cabotagem em Moçambique, e que ficou conhecido na Companhia como o LUGELINHA.
O Mundo é sempre feito de mudança e para os lados desta doca, as coisas mudaram mesmo muito entretanto.
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O paquete RMS ANDES e a Mala Real Inglesa

Quem ainda se lembra da famosa Mala Real Inglesa, a Royal Mail Steam Packet Company, que há 100 anos era o elemento principal do maior grupo armador do Mundo?
O paquete ANDES que aparece ilustrado nesta página de calendário, a navegar em Lisboa em 1949, foi construído para celebrar o centenário da companhia, e teve a partida para a viagem inaugural marcada para 26 de setembro de 1939, o que não se concretizou por entretanto o mundo ter entrado em guerra, fazendo com que só tivesse largado para a primeira viagem comercial em 1948.
O ANDES visitou muitas vezes Lisboa, quer em viagens regulares de e para a América do Sul, quer nos seus numerosos cruzeiros de luxo, que passou a fazer em exclusivo a partir de 1959 e até 1971.
Entre 1851 e 1971 os navios de passageiros da Mala Real Inglesa foram presença importante no Porto de Lisboa e este belíssimo ANDES que foi o maior navio da companhia não foi excepção à regra. 
A ligação da Royal Mail a Lisboa e a Portugal era muitas vezes destacada no material publicitário produzido pelos serviços da companhia, que incluíam cartazes, folhetos, calendários e postais com ilustrações dos navios em Lisboa e na Madeira, caso do calendário de 1949.
Os paquetes da Mala Real transportaram muitos milhares de emigrantes portugueses para a América do Sul ao longo de décadas. Após a Segunda Guerra Mundial, as carreiras regulares foram retomadas com os paquetes da classe "A" ANDES e ALCANTARA, e com os quatro gémeos da classe HIGHLAND que sobreviveram à guerra, navios mistos de 14 mil toneladas com porões frigoríficos. Em 1949 foi introduzido um paquete novo, o MAGDALENA, que naufragou na viagem inaugural junto ao Rio de Janeiro, e em 1959 e 1960, foram construídos os três últimos paquetes da Mala Real, AMAZON, ARAGON e ARLANZA, que asseguraram a carreira até 1968-69.
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Olha o CREOULA ali



























O sol de dezembro emoldurava uma destas manhãs três das nossas antigas corvetas já desarmadas, atracadas na Base Naval de Lisboa, em companhia do navio de treino de mar CREOULA, que aguarda pacientemente uma oportunidade de voltar a ter futuro. 
O CREOULA é propriedade do Estado Português e, operado pela Marinha de Guerra, prestou grandes serviços dando a conhecer de forma inesquecível o nosso Mar a cerca de 20 mil jovens que tiveram a oportunidade de embarcar neste famoso lugre de quatro mastros ao longo dos anos, antes de ser imobilizado. Seria dramático deixar perder-se este navio tão importante.
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Catamarãs no Tejo


Catamarãs em navegação no Tejo, ao final da manhã de 2 de dezembro último. Com uma imagem gráfica ineficaz, o elétrico não permite identificar o nome, já o CASTELO não deixa dúvidas. Duas gerações de "cacilheiros" de muitas que me tem sido dado conhecer.
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ALVÉOLA e TARAMBOLA com cores

A Transtejo está a introduzir os novos catamarãs construídos em Espanha nas suas carreiras regulares entre as duas margens do Tejo, com a carreira Cais do Sodré - Seixal já servida em exclusivo pelos catamarãs elétricos. 
Na manhã de 2 de dezembro último operavam nesta carreira o TARAMBOLA DOURADA, que registei a navegar de proa com o MIGUEL TORGA em segundo plano, e o ALVÉOLA AMARELA, que fotografei quando passava frente ao Alfeite. O critério de aplicação dos nomes à proa, em corpo miúdo e por baixo do número oficial, com este mais destacado, torna difícil depois identificar os barcos.
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PRÍNCIPE DA BEIRA ex-MONTES CLAROS





















Na manhã de 2 de dezembro último, fotografei do Tejo o PRÍNCIPE DA BEIRA atracado no Terreiro do Paço com uma boa luz de inverno destacando o pequeno navio face à arquitetura pombalina. 
Desde que foi comprado à Transtejo (era o cacilheiro MONTES CLAROS) foi adaptado para os cruzeiros turísticos em Lisboa pelo armador atual, a empresa Veltagus, com muitos melhoramentos evidentes. Se a chaminé fosse amarela a condizer com a risca do costado pareceria um verdadeiro iate clássico.
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