Monday, November 17, 2025

Paquete ANGRA DO HEROÍSMO ex-ISRAEL

A renovação da frota de navios de comércio portugueses, iniciada em 1946 na sequência do Despacho 100, privilegiou a aquisição de navios novos, construídos sob encomenda dos armadores a estaleiros estrangeiros e nacionais. 
Houve algumas, poucas, excepções a esta orientação, caso da compra a Espanha dos navios LAGOA e SETE CIDADES em 1951, mas o ritmo de aquisição de navios novos abrandou significativamente a partir de 1961 por dificuldades de financiamento, assegurado na sua grande maioria com dinheiros do Estado através do Fundo de Renovação da Marinha Mercante e a partir de dada altura prevaleceram outras prioridades, infraestruturas e defesa do Ultramar.
O ano de 1966 foi marcado pelo começo de um novo período de aquisições de navios mercantes pelos principais armadores portugueses, agora concretizadas pela compra de navios em segunda mão, com idades não superiores a dez anos, que se iniciou com a compra à companhia israelita Zim, dos paquetes ZION e ISRAEL, respetivamente pela Sociedade Geral e pela Empresa Insulana. 
Com a entrada ao serviço destes navios, como AMÉLIA DE MELLO e ANGRA DO HEROÍSMO, a frota de navios de passageiros somou 26 unidades, todos construídos de raiz para Portugal, menos estes dois. Eram belos navios de 10.000 TAB e capacidade para 320 passageiros. As duas fotografias mostram o ANGRA DO HEROÍSMO a atracar no porto do Funchal, e o mesmo navio fotografado em Southampton em 1955, como ISRAEL, na viagem de entrega, de Hamburgo para Haifa.
Nos oito anos que se seguiram a 1966 foram adquiridos cerca de 70 navios, quase todos cargueiros, muitos dos quais em segunda mão.
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Sunday, November 16, 2025

RMS ORONTES (1929-1962)

Conseguir apreciar a beleza das diferentes gerações de navios é um privilégio que alimento com o mesmo espírito aberto com que encaro o facto de o tempo arrastar mudanças imparáveis.
Na década de 1920 a companhia de navegação inglesa Orient Line (Grupo P&O) construiu cinco navios de passageiros de 20.000 TAB, cerca de 200 m de comprimento, 20.000 SHP e 20 nós de velocidade para a carreira Inglaterra - Austrália, o último dos quais foi o ORONTES, aqui apresentado num  preto e branco muito belo.
Os paquetes da Orient Line tinham todos nomes começados pela letra "O" - o último seria o ORIANA de 1960 - e esta série não fugiu à regra: ORAMA (1924-1940), ORONSAY (1925-1942), OTRANTO (1925-1957), ORFORD (1928-1940) e ORONTES (1929-1962). Só dois sobreviveram às tragédias da segunda guerra mundial.
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A propósito do paquete UNITED STATES

Os grandes navios de passageiros são "criaturas" extraordinárias sob os mais diversos pontos de vista, desde os tecnológicos aos puramente estéticos. No decorrer do século XX a evolução dos paquetes foi enorme, tendo, depois de 1960, perdido a primazia do transporte de passageiros face à aviação comercial, reinventando-se no desenvolvimento das atividades turísticas, com o crescimento dos cruzeiros.
Um dos grandes paquetes que tive oportunidade de observar em Lisboa foi o UNITED STATES, em 1968, quando visitou o Tejo uma única vez e atracou ao cais da Rocha. Nunca mais voltou, pois em novembro de 1969 foi retirado do serviço ativo, após apenas 17 anos de navegações como navio-almirante da marinha mercante dos Estados Unidos da América.
Os anos seguintes foram passados imobilizado e em fases crescentes de degradação física atracado nas últimas décadas a um cais de Filadélfia. Inúmeras tentativas de recuperação do navio falharam e agora o UNITED STATES vai ser afundado na costa da Florida como recife artificial, num exercício monumental de desperdício patrimonial depois de 56 longos anos de agonia e projetos por concretizar. O seu criador, William Francis Gibbs, considerado um dos mais destacados arquitetos navais do século XX, não deve parar de dar voltas no túmulo. 
Ninguém parece querer saber de navios de passageiros para nada, muito menos conseguir a preservação de alguns. É difícil preservar com dignidade estes gigantes dos mares, contrariam a regra o QUEEN MARY de 1936, em Long Beach, e o ROTTERDAM de 1959 em Roterdão.
O UNITED STATES merecia melhor sorte.
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Wednesday, November 05, 2025

EUROPA entre dois castelos




















No dia 3 de novembro último, o paquete alemão EUROPA voltou a Lisboa e fotografei a chegada no Tejo, tendo registado neste enquadramento o EUROPA entre dois castelos: o catamarã CASTELO, da Transtejo, que fazia a travessia do Cais do Sodré para Cacilhas, e o castelo de São Jorge, a espreitar por entre o arvoredo que o envolve e esconde. 
O paquete foi construído na Finlândia em 1999, o castelo foi erigido em 1940 e o catamarã navega no Tejo desde 1995.
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Tuesday, May 27, 2025

Navio de cruzeiros português WORLD VOYAGER em Lisboa



















O navio de cruzeiros de expedição português WORLD VOYAGER entrou em Lisboa na manhã de 27 de maio de 2025, procedente de Viana do Castelo, onde fez docagem e manutenção técnica. 
O WORLD VOYAGER é o segundo de uma série de cinco navios, todos construídos em Viana do Castelo para a Mystic Cruises e é operado pela ATLAS OCEAN VOYAGES, outra das empresas de cruzeiros oceânicos ligada ao armador Mário Ferreira. O navio embarca passageiros em Lisboa e larga em viagem de cruzeiro ao final da tarde de 27.


Fotografias e texto de Luís Miguel Correia - 2025

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Friday, May 23, 2025

Fragata NRP BARTOLOMEU DIAS de entrada em Lisboa

Ontem, 22 de maio de 2025, a alvorada foi antecipada para um posicionamento na margem norte do Tejo, com o objetivo de fotografar um navio de passageiros. A "operação" foi mais uma vez do tipo "dois em um", pois reparei num vulto lá fora a fazer-se à barra, a fragata NRP BARTOLOMEU DIAS (F333), que fotografei airosa, a subir o rio rumo ao Alfeite. Uma boa forma de iniciar o dia.
Texto e fotografia de Luís Miguel Correia - maio de 2025
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Thursday, May 15, 2025

Carreira de África


A navegação mercante a vapor entre a Europa e África começou a desenvolver-se na década de 1850 com as primeiras carreiras promovidas por empresas marítimas britânicas e portuguesas. Em Portugal, o auge das navegações para a África verificou-se no segunda metade do século XX, ainda se mantendo operações com a África Ocidental com dois armadores portugueses neste ano da graça de 2025.
Constituída em 1872 para assegurar viagens de França para a América do Sul, a Companhia dos Chargeurs Réunis expandiu a sua atividade com uma carreira da África Ocidental a partir de 1889, mantida por navios de passageiros e carga até à década de 1960. O cartaz mostra um dos paquetes do período de entre as duas guerras mundiais e a imagem é bem sugestiva. 
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Fragata D FRANCISCO DE ALMEIDA a sair de Lisboa


A 12 de maio último fotografei a fragata NRP D. FRANCISCO DE ALMEIDA a navegar no Tejo, de saída para Viana do Castelo, onde entrou no dia seguinte, para participar nas comemorações do Dia da Marinha, que este ano decorrem em Viana. Havia-me posicionado na Junqueira, um pouco a ocidente da Ponte 25 de Abril para registar as saídas de dois navios de cruzeiros, e tive direito a bónus.
Texto e fotografia de Luís Miguel Correia - 2025
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Wednesday, May 14, 2025

Navios de cruzeiros grandes








O navio de cruzeiros NORWEGIAN BLISS visitou Lisboa pela primeira vez a 13 de janeiro de 2025, data em que tive oportunidade de fazer uma série de fotografias, incluindo as que apresento aqui.
O navio faz parte da frota da companhia Norwegian Cruise Line, foi construído em Papenburg, Alemanha, e entrou ao serviço em 2018. Com 168 028 GT e 333 m de comprimento, tem 20 pavimentos e capacidade para a lotação máxima de 4981 passageiros, alojados em 2069 camarotes. Com 1700 tripulantes, tem a velocidade de serviço de 22,5 nós e está registado nas Bahamas. 
A passagem do NORWEGIAN BLISS por Lisboa em viagem posicional dos Estados Unidos para Brest, deveu-se a uma docagem e modernização do navio, no referido porto francês, efetuada de 17 de janeiro a 2 de fevereiro de 2025. O NORWEGIAN BLISS regressou então aos EUA e está a fazer cruzeiros ao Alasca.
O NORWEGIAN BLISS exemplifica a tendência de crescimento das dimensões e capacidades dos mais modernos navios de passageiros concebidos para cruzeiros. As fotografias registam o contraste do gigante face à cidade de Lisboa. Em 1977, quando do batismo do navio CUNARD PRINCESS em Nova Iorque, alguém referiu que provavelmente este seria o último construído de raiz para cruzeiros, mas pouco depois desenvolveram-se novos projetos, a frota foi crescendo assim como as dimensões dos navios. Na sua maior parte estas unidades foram desenhadas de acordo com as expectativas do mercado norte americano, com decoração interior (e exterior) nem sempre apreciada facilmente pela estética europeia. De qualquer forma, a frota continua em expansão e é um regalo observar tantos navios no porto de Lisboa.
Texto e fotografias de Luís Miguel Correia - 2025
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Monday, May 12, 2025

Breviário do Tejo (n/m JAIME S em Santa Apolónia)

ão

Passeio o olhar pelo Tejo desde que me conheço, há mais de 65 anos. Não me canso, o rio tem sido um palco inspirador, silencioso ou agitado, pleno de paisagens portuárias, urbanas, monumentais. animadas por criaturas navegantes diversas. Vi pontes grandiosas serem construídas, navios que se transformaram em memórias, as mudanças não pararam nunca, umas discretas, outras radicais. Comecei a fotografar tudo a partir de 1970.
A 13 de janeiro último registei esta imagem do porta-contentores português JAIME S atracado ao terminal de contentores de Santa Apolónia, no qual se centralizam as operações de carga e descarga de contentores e viaturas destinados às Ilhas (Madeira e Açores) desde que a Transinsular saiu do Cais de Santos. A fotografia foi feita ao final da tarde, com a luz de inverno tão característica do Porto de Lisboa. Ainda me lembro de existir uma praia de areia fina neste local, o resto da antiga praia de Xabregas, que em 1970 foi sacrificada para a construção da fase inicial do terminal de contentores de Santa Apolónia, o primeira deste tipo que apareceu em Lisboa.
O navio JAIME S é a aquisição mais recente da companhia de navegação GS Lines, foi comprado em 2024 e faz ligações regulares semanais entre Lisboa e o Caniçal, integrando uma frota de navios progressiva, com sete unidades próprias, todos com registo convencional português.
Texto e fotografia de Luís Miguel Correia / 2025
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Wednesday, March 26, 2025

Largada do SPIRIT OF ADVENTURE























Navio de cruzeiros britânico SPIRIT OF ADVENTURE, fotografado na tarde de 26 de março de 2025 por Luís Miguel Correia, à saída de Lisboa.
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Tuesday, March 25, 2025

Paquete FUNCHAL há sessenta anos























Acabo de desencantar o FUNCHAL nestes fotogramas de um documentário do antigo Ministério das Obras Públicas dedicado à construção da Ponte Salazar (1962 a 1966): o FUNCHAL filmado a cores de cima da ponte em construção.  
Pela luz, dá para confirmar mais uma saída para o Funchal (e da Madeira para Tenerife ou os Açores), ao final da manhã; o navio largava do Tejo habitualmente pelas 11 horas, à quinta feira quando ia à Madeira e Canárias, à sexta, quando o itinerário contemplava a Madeira e os Açores, o que se verificava uma vez por mês. O paquete FUNCHAL era então novo, havia sido inaugurado em novembro de 1961 e era o orgulho da Empresa Insulana de Navegação, introduzido no ano noventa daquela que era a mais antiga empresa de navegação nacional e a primeira a comemorar o centenário (a bordo deste FUNCHAL, em dezembro de 1971). 
A tripulação do FUNCHAL era escolhida a dedo, a nata da Insulana. O navio era um deslumbre de simplicidade e beleza, tudo encantava a bordo. A configuração original manteve-se até 1973, quando, reconvertido para cruzeiros, sofreu as primeiras de muitas alterações a nível de interiores e exteriores. Deixou então a carreira regular das Ilhas, passando a fazer cruzeiros, atividade em que obteve grande sucesso e manteve o FUNCHAL ativo até 2015.
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Wednesday, January 29, 2025

Palestra no Clube de Oficiais da Marinha Mercante

Hoje, dia 30 de janeiro de  2025, vou apresentar uma palestra informal sobre a nossa Marinha Mercante, no âmbito das Tertúlias Náuticas promovidas pelo Clube de Oficiais da Marinha Mercante.


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Saturday, January 04, 2025

Série NA DERIVA DO IMPÉRIO de Carlos Guerreiro






















Não percam a série de 7 episódios de NA DERIVA DO IMPÉRIO do jornalista Carlos Guerreiro, dedicado ao episódio associado ao paquete IMPÉRIO e à viagem em que, como Transporte de Tropas, em janeiro de 1970, sofreu um grave acidente no mar, a 400 milhas de Cabo Verde. Tive o gosto de colaborar com o Autor.

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Wednesday, October 09, 2024

PORMENORES ARQUITETÓNICOS (olhar o FUNCHAL)



























A beleza casa facilmente com a simplicidade, ainda que ser simples seja tudo menos fácil. As janelas da fotografia acima estão ligadas a momentos de pura felicidade minha, são da ponte de comando do navio de passageiros FUNCHAL, tal como se espelhavam em 2008 no mar, quando fiz a fotografia. 
Já restam poucas janelas destas, com pedigree dinamarquês. Muitos dos navios mercantes construídos nos estaleiros do reino da Dinamarca nas décadas de 1950 e 1960 usavam estas janelas para as pontes de comando respetivas, numa época em que pequenos traços de "design" denunciavam origens e ligações a países marítimos. A arquitetura naval tinha traços particulares de cada país: um simples olhar traduzia a origem escandinava, alemã, holandesa, japonesa ou italiana de um navio. 
O FUNCHAL visto ao pormenor, é uma obra de arte intemporal, apesar de os anos terem sido agressivos por tantas mudanças e entretanto, dez anos de inutilidade flutuante, a comemorar a 2 de janeiro de 2025, quando passar exatamente uma década desde que este navio entrou em Lisboa para, até agora não mais ter saído do Tejo. (Luís Miguel Correia, 9 de outubro de 2024)

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Thursday, April 18, 2024

SEA CLOUD de novo em Lisboa
























Abril traz sempre mais navios ao Porto de Lisboa, apesar de a sazonalidade se ter vindo a atenuar, e no passado dia 17 atracaram aos terminais de passageiros da Rocha e de Santa Apolónia, cinco navios, AMBITION, EMERALD AZZURRA, JEWEL OF THE SEAS, NORWEGIAN ESCAPE e SEA CLOUD. Acostaram a Santa Apolónia, cujo cais encheu, pelo que o EMERALD AZZURRA ficou na Rocha. Este navio é novo, foi construído recentemente no Vietname e fez agora a primeira visita a Lisboa, tendo deslumbrado os apreciadores do moderno, pelas suas linhas a imitar os grandes iates de oligarcas e milionários contemporâneos. 
O meu preferido dos cinco é o SEA CLOUD, um dos mais bonitos e significativos navios do mundo, o mais antigo navio de cruzeiros em atividade e uma beleza que me deixa sempre sem palavras. Foi construído em 1931 na Alemanha com o nome HUSSAR para o milionário Edward Hutton, de Nova Iorque, como prenda para a sua mulher, Marjorie. 
O HUSSAR tem uma história rica, mudou de nome e de proprietário diversas vezes, foi utilizado pela Marinha dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial (quando salvou a tripulação de um dos bacalhoeiros portugueses afundados por submarinos), conheceu glórias e períodos de abandono, de que foi resgatado em 1976 no Panamá, por um Capitão da Marinha Mercante de Hamburgo. Recuperado e adaptado a navio de cruzeiros de luxo, é operado pela Sea Cloud Cruises desde outubro de 1979. Tem vindo muitas vezes a Lisboa, sempre que posso faço o registo fotográfico e desta vez não foi excepção, como se pode comprovar pela fotografia que ilustra este artigo.
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Sunday, March 03, 2024

A história da Marinha Mercante Portuguesa desde 1820




















É o meu vigésimo segundo livro, fora os outros. Chama-se MARINHA MERCANTE PORTUGUESA - PORTUGUESE MERCHANT NAVY e vai ser publicado em maio próximo. Trabalhei neste projeto toda a vida ou quase: mais de quarenta anos de investigação. Cerca de 200 páginas para duzentos anos de história marítima nossa. Aqui ficam algumas páginas, no livro haverá muitas mais.
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Trocámos a Marinha pelo Mar


































Porto de Santa Cruz de Tenerife com dois navios de passageiros portugueses fotografados a 15 de maio de 1970: FUNCHAL e SANTA MARIA

Esta fotografia tem uma beleza enorme, com dois navios de passageiros portugueses de grande categoria atracados juntos em Tenerife a 15 de maio de 1970. O SANTA MARIA e o FUNCHAL foram ambos presença assídua neste porto das Canárias durante muitos anos. 
Em 1970 o famoso paquete da Companhia Colonial  de Navegação aproximava-se do final de uma carreira injustamente breve, terminada de maneira inglória em 1973. 
O FUNCHAL ainda flutua e foi plenamente português até 1985 e depois entre 2013 e 2018, já não navega desde 2015, mas foi especialmente bem sucedido como navio de cruzeiros, graças a George Potamianos, seu armador dedicado de 1985 a 2012 e que um dia me disse que se tivesse vindo para Portugal uns anos antes, o SANTA MARIA e alguns outros grandes paquetes portugueses não teriam acabado tão precocemente. Veio para Lisboa a tempo de dar uma segunda vida ao INFANTE DOM HENRIQUE.
Em 1970, além dos paquetes que a fotografia mostra, a Marinha Mercante era um elemento importante no âmbito da economia portuguesa, com uma frota diversificada e a crescer. Na altura, mar era antes de mais marinha, mas uma série de fatores diversos acabaram por alterar tal conceito, as marinhas foram alienadas, a marinha de comércio reduziu-se a uma expressão ínfima e Portugal passou a navegar em abstrato com teorias de mares azuis em crescendo, sustentados por uma desmaritimização absurda e desnecessária, quase sem navios. 
Trocámos a Marinha pelo Mar, ainda vamos sofrer na pele por esse erro.
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Monday, October 23, 2023

Edição especial da REVISTA DE MARINHA dedicada à visita da esquadra alemã a Lisboa em maio de 1939









A 7 de junho de 1939 a REVISTA DE MARINHA publicou uma edição especial dedicada à visita a Lisboa dos navios de guerra alemães efetuada em Maio desse ano. Inclui uma reportagem, em moldes idênticos a outras edições especiais relativas às marinha de guerra de Itália e França, que vieram ao Tejo na mesma ocasião mostrar as bandeiras e os seus melhores navios. Vivia-se uma corrida louca aos armamentos, cujo desfecho dramático se começou a viver logo em setembro de 1939.
O GRAF SPEE foi destruído em dezembro desse ano, na batalha do Rio da Prata, vi o seu telémetro quando há tempos passei por Montevideo.
Incluo dois anúncios de companhias de navegação alemãs com alguns dos grandes paquetes da época.
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Tuesday, October 10, 2023

GRAF SPEE em Lisboa













Fotografia tirada a bordo do couraçado de bolso alemão GRAF SPEE em Maio de 1939 em Lisboa. O GRAF SPEE entrou no Tejo na manhã de 6 de Maio de 1939 integrado numa esquadra alemã de 10 navios em visita de cortesia ao Tejo. Este navio famoso que se perderia meses depois no Atlântico Sul na sequência da batalha do Rio da Prata atracou ao cais da Rocha do Conde de Óbidos.
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Thursday, August 10, 2023

QUEEN MARY 2 no Tejo




Há navios e navios mas nenhum dos atuais tem a categoria do QUEEN MARY 2, que me continua a deslumbrar literalmente sempre que tenho nova oportunidade para o fotografar, num ritual que repito sempre que posso desde janeiro de 2004, quando da viagem inaugural do navio.
O QM2 fez mais uma escala no Tejo a 8 de agosto dese ano belíssimo de 2023 e registei a saída do Tejo com mais umas quantas fotografias, embora a neblina não tenha ajudado nos resultados.

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Monday, July 24, 2023

DAFUNDO in Lisbon

Transtejo 1984-built passenger ship DAFUNDO underway on the river Tagus in Lisbon on 3 December 2012. 
The DAFUNDO is the final ship of the CACILHENSE-class of 8 plus 4 sister ships built 1981-1984 for the Lisbon services of Transtejo. Two are still in current service in Lisbon waters, SINTRENSE and CAMPOLIDE.









































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Wednesday, July 19, 2023

ALCOUTIM ex-Fort Fidler da Sociedade Geral

Durante a Segunda Guerra Mundial os principais países marítimos Aliados efectuaram um esforço titânico de construção de navios mercantes em série destinados a substituírem as unidades afundadas na guerra submarina e prosseguirem o esforço de guerra. Os Estados Unidos da América lideraram este processo com a construção em série de 2500 cargueiros de 10.000 TDW da classe LIBERTY e diversas centenas de petroleiros classe T2, para além de muitas outras classes, como a classe VICTORY, já mais no final do conflito. O Canadá também participou deste esforço e uma das classes de navios de origem canadiana foi a classe FORT dos quais o FORT FIDLER, de 1943 foi comprado em 1946 pela Sociedade Geral e reconstruído no Tejo com o nome ALCOUTIM, integrando a frota da SG até Outubro de 1971, quando foi vendido para sucata em Espanha.
Durante alguns anos o maior navio da Sociedade Geral, o ALCOUTIM foi construído em Vancouver e entregue a Inglaterra em Maio de 1943 com o nome FORT FIDLER. Durante a guerra o navio foi torpedeado no Mediterrâneo evitando-se o seu afundamento. O navio acabou por arribar a Lisboa com avaria grossa no casco e terminada a guerra foi comprado pela SG. A recuperação do ALCOUTIM no estaleiro da CUF foi na altura um feito da engenharia naval portuguesa e obrigou à reconstrução parcial do casco e instalação de uma proa nova.
A renovação da frota mercante portuguesa a seguir à segunda grande guerra fez recorrendo a navios novos, construídos expressamente para os nossos armadores. O ALCOUTIM foi uma das poucas exceções que confirmam as regras.
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Thursday, June 22, 2023

VASCO DA GAMA ex-INFANTE DOM HENRIQUE

Em Novembro de 1988 o grande paquete português INFANTE DOM HENRIQUE ressuscitou em Lisboa com o nome VASCO DA GAMA, dando início ao terceiro período da história do maior navio de passageiros português do século XX, depois da fase inicial, de 1961 a 1976, na carreira de África (CCN e CTM), e do período de exílio em Sines, de 1977 a 1986.
O armador George Potamianos que em 1986 havia comprado o navio ao Gabinete da Área de Sines procedeu à sua reconstrução, melhorando o navio em inúmeros aspectos. Em 1995 foi vendido a interesses noruegueses passando a chamar-se SEAWIND CROWN. Com este nome navegou até setembro de 2000, quando foi arrestado em Barcelona, por falência do armador Premier Cruises. Permaneceu em Barcelona refém da ineficaz justiça espanhola, acabando vendido para sucata. Fez-se ao mar pela última vez com o nome BARCELONA a 28 de dezembro de 2003 e navegou para o Extremo Oriente, tendo sido demolido na China em 2004.

S
everal images of the cruise ship VASCO DA GAMA ex-INFANTE DOM HENRIQUE taken at Lisbon in 1988 and 1989 following her rebuilding in Lisbon and Greece into a cruise ship.

She was sold in 1995 to Cruise Holdings, Bermuda, and renamed SEAWIND CROWN. As such she cruised until September 2000, and as the BARCELONA was broken up in China in 2004.





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Thursday, June 08, 2023

Paquete FUNCHAL em abril de 2006


























Publiquei esta imagem e texto em abril de 2006. Tempo agora para a refrescar e recordar:

"Há navios que pela sua existência e atividade ao longo de determinado período de tempo se tornam verdadeiro património nacional. Dos atuais navios portugueses enquadram-se nesta perspetiva a fragata D. FERNANDO II E GLÓRIA, o navio-escola SAGRES, o NTM CREOULA, o navio-hospital GIL EANNES e o paquete FUNCHAL.
Sobre o FUNCHAL, este navio era então o último sobrevivente da antiga frota de navios de passageiros portugueses que em 1966-68 chegou a contar com 26 paquetes em atividade. 
O FUNCHAL fez parte de um grupo de grandes navios construídos em 1960-61 por encomenda expressa de armadores portugueses: o PRINCIPE PERFEITO e o INFANTE DOM HENRIQUE, propriedade das empresas CNN e CCN (Nacional e Colonial), ambos de cerca de 20.000 toneladas, 1000 passageiros e 21 nós de velocidade, que se destinaram às ligações regulares com África, que mantiveram até 1975, e o FUNCHAL, construído na Dinamarca para a Empresa Insulana de Navegação. Com 150 m de comprimento, 10.000 toneladas de arqueação bruta e 21 nós de velocidade (estas dimensões eram as máximas possíveis para o navio servir o porto de Angra do Heroísmo, ilha Terceira), o FUNCHAL transportava 400 passageiros e fez carreiras regulares de Lisboa para a Madeira, Açores e Canárias. Foi retirado desta linha definitivamente em 1975 e passou a servir no mercado de cruzeiros internacionais, onde operou até 2015, com o nome original e a bandeira portuguesa à popa. 
Esta longevidade e sucesso deve-se a partir de 1985 à ação de um armador grego, o Sr. George Potamianos, que comprou na altura o navio à empresa pública CTM então em liquidação, e, em vez de o levar para a Grécia, se mudou para Lisboa, montou cá um escritório, uma empresa, e singrou, com muito mérito, até ao seu desaparecimento em maio de 2012..."
Foto do FUNCHAL a entrar em Lisboa em Abril de 2006
Luís Miguel Correia - 2006